Desapontado. Assim foi como eu me senti ao final de Donnie Darko, estréia de Richard Kelly na direção e o grande papel de Jake Gyllenhaal ao lado de O Segredo de Brokeback Mountain. O filme está longe de ser ruim, mas não é um dos melhores filmes de todos os tempos como eu havia ouvido falar.
O filme é até muito bom, mas falta algo que você olhe e fale "Nossa Senhora! Esse filme é muito foda!". E pode se creditar isso à uma insegurança na direção, talvez por algumas imposições do estúdio ou pela inexperiência, fato é que pesou, tanto que Kelly não realizou mais nenhum grande filme.
O argumento é bom, as críticas são bem construídas e a atuação de Jake é excelente. O roteiro é inteligentíssimo, assinado pelo próprio diretor, e a trilha-sonora, super-estimada. O que mais me incomodou no filme é a semelhança estética com O Advogado do Diabo, como as nuvens correndo rápido para passar o tempo e os flashes de luz, da qual não gosto muito (apesar de achar o filme do Pacino bem legalzinho).
Donnie Darko adquiriu status de cult, e apesar de considerá-lo super-estimado, é muito bom e merece o título supracitado. As reflexões que ele possuem vários níveis, o mais baixo que é discutir a trama é bem complexo, até o maior, que é a relação de Donnie com a sociedade e as críticas feitas à ela, mais no aspecto humano que institucional.
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