A Barriga do Arquiteto. O Cozinheiro, o Ladrão, A Mulher e Seu Amante. Oito Mulheres e Meia. Tulse Luper Suitcases: The Moab Story. O Livro de Cabeceira.
A Árvore da Vida. Onde Vivem Os Monstros. Adeus, Lênin!.
O Conto da Ilha Desconhecida, de José Saramago. O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde. Ubik, de Philip k. Dick. As Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino.
Agosto não passou disso. Uma lista imensa.
28/08/2011
01/08/2011
Acabaram as feritas. Finalmente.
A Vida é Bela. Com certeza.
Meia-noite em Paris. Muito bom, mesmo. WA.TOP.
Os Irmãos Cara de Pau. Sensacional, pra mim faz uma trinca com Magical Mystery Tour e O Guia do Mochileiro das Galáxias. Não sei por quê.
Encontrando Forrester. Muito bom.
Corra Lola, Corra. Fudido.
(500) Dias com Ela. Muuuito bom, esse e Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças para mim são, geniais.
Foram 19 filmes. 42 dias.
caramba, eu ainda podia ter visto mais.
Meia-noite em Paris. Muito bom, mesmo. WA.TOP.
Os Irmãos Cara de Pau. Sensacional, pra mim faz uma trinca com Magical Mystery Tour e O Guia do Mochileiro das Galáxias. Não sei por quê.
Encontrando Forrester. Muito bom.
Corra Lola, Corra. Fudido.
(500) Dias com Ela. Muuuito bom, esse e Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças para mim são, geniais.
Foram 19 filmes. 42 dias.
caramba, eu ainda podia ter visto mais.
24/07/2011
Monavie's EMV
Há um tempo atrás fiz um video-clipe pra Monavie, para apresentações ou reuniões com clientes - é um energético que se vende de porta em porta e uma das bebidas que mais crescem em vendas no Brasil.
Meu primo trabalha lá e me pediu para fazer um vídeo simples com imagens da marca e imagens de balada. Como não tinha nenhum material e nem iria produzir nada, peguei trechos, de outros vídeos da marca, no youtube e misturei com imagens de Ibiza, do clipe Firework, da Kate Perry (que no fim foi só um trechinho mesmo) e do filme Quebrando a Banca.
A música foi um pouco mais complicado. Tinha que ser uma música de balada e que combinasse. O problema é que eu não conheço nada dessas músicas. Aí, procurei uns amigos e fizeram uma lista pra mim, mas no fim foi uma música que eu já conhecia eu não suportava muito: Like a G6. Entretanto, o ritmo e a batida iriam encaixar na montagem que eu estava pensando em fazer e ainda tinha o fato de ser como um G6, o jato mais rápido e caro do mundo.
22/07/2011
Beleza Americana, de Sam Mendes [1999]

(clique na imagem para ampliar)
Um filmasso do Sam Mendes. Muito irônico, critica o american way of life que nós, tupiniquins, meio que adotamos. Tudo precisa ser lindo, perfeito, harmonioso. Ou melhor, tudo precisa parecer, por isso a câmera é muito importante. Ela é o olho do outro, por isso é preciso estar bem para ela. Repare no "It's always sunny in snapshots".
O cartaz que eu fiz quis brincar com isso. Utilizando uma propaganda vintage, daquelas antigas, para dar uma maior ênfase à parada do estilo de vida. Essa é uma propaganda real, da Kodak, de 1949. Eu só retirei o logotipo da Kodak do topo e coloquei o da DreamWorks, ao contrário e sem nome, para dar uma brincada, pois esta é do Spielberg, e sempre passa uma mensagem meio direitista. Mas que bom que ele apoiou o Beleza Americana (afinal, não é um executivinho qualquer, é o Spielberg).
Ainda tem uma paradinha. As cores de Beauty não estão lá à toa, são para te fazer prestar um pouco mais de atenção nesta(s) palavra(s).
21/07/2011
Fêrias
Só pra listar alguns filmes: Beleza Americana, O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias, Um Dia de Cão, Flipped, Estômago e Na Natureza Selvagem e JackAss 3D.
Todos, com exceção do Flipped e JackAss 3D, são muito bons, mas os em negrito são melhores. Depois eu escrevo qualquer coisa sobre eles.
Kaká, to te esperando para assistir Corra Lola, Corra. Hehehe
Kaká, to te esperando para assistir Corra Lola, Corra. Hehehe
06/07/2011
Pulp Férias
EXT - DIA - Entrada da faculdade
Ricardo, saindo da última prova, dia 21 de junho:
"Férias! Finalmente, chega daquela aporrinhação da faculdade! Vou fazer várias coisas, agora ninguém segura!"
INT - NOITE - No quarto
Ricardo, saindo da última prova, dia 21 de junho:
"Férias! Finalmente, chega daquela aporrinhação da faculdade! Vou fazer várias coisas, agora ninguém segura!"
É, acho que deu pra sentir como tá né? Até fiz várias coisas legais, mas não é todo dia, certo? Para isso, existem filmes. Na primeira semana eu não assisti nada, estava viajando. Agora, é quase um por dia.
Assisti Pi. E é fato, Darren Aronofsky se tornará o melhor diretor de todos os tempos. Agora eu assisti à 4 de seus 5 filmes, e este (de me fez sentir uma coisa que nunca tinha me acontecido antes, eu comecei a racionalizar tudo o que o filme carrega e representa e por consequencia quem é o Aronofsky, o que esse cara viu, leu, viveu, para fazer filmes assim, para poder criar algo tão complexo quanto seus filmes.
Assisti Oldboy, do Chan-Wook Park, de 2003, e é sensacional, não é à toa que o Tarantino gosta tanto. É feito de ação, crueldade coreana e um roteiro sensacionalmente construído, redondinho e muito bem executado.
Ricardo, saindo da última prova, dia 21 de junho:
"Férias! Finalmente, chega daquela aporrinhação da faculdade! Vou fazer várias coisas, agora ninguém segura!"
INT - NOITE - No quarto
Ricardo, sem nada pra fazer, blogando:
"EXT - DIA - Entrada da faculdade
"EXT - DIA - Entrada da faculdade
Ricardo, saindo da última prova, dia 21 de junho:
"Férias! Finalmente, chega daquela aporrinhação da faculdade! Vou fazer várias coisas, agora ninguém segura!"
É, acho que deu pra sentir como tá né? Até fiz várias coisas legais, mas não é todo dia, certo? Para isso, existem filmes. Na primeira semana eu não assisti nada, estava viajando. Agora, é quase um por dia.
Assisti Pi. E é fato, Darren Aronofsky se tornará o melhor diretor de todos os tempos. Agora eu assisti à 4 de seus 5 filmes, e este (de me fez sentir uma coisa que nunca tinha me acontecido antes, eu comecei a racionalizar tudo o que o filme carrega e representa e por consequencia quem é o Aronofsky, o que esse cara viu, leu, viveu, para fazer filmes assim, para poder criar algo tão complexo quanto seus filmes.
Assisti Oldboy, do Chan-Wook Park, de 2003, e é sensacional, não é à toa que o Tarantino gosta tanto. É feito de ação, crueldade coreana e um roteiro sensacionalmente construído, redondinho e muito bem executado.
Assisti Era Uma Vez no Oeste, do gênio Sergio Leone, de 1969. A sonorização da introdução é impressionante. Mas o que mais me impressionou foi o vazio dos personagens, para quê eles vivem, não sei se existe a resposta, mas todos esperavam a morte.
Assisti O Fabuloso Destino de Amélie Pouláin, de Jean Pierre Jeunet, de 2001. Este filme é lindo, tem uma das (se não a) fotografias mais bem feitas que eu já vi.
Assisti Efeito Borboleta, de 2004, que tem um roteiro excelente! O filme é animal, mas eu achei o final meio caído. Acredito que o filme não deveria fazê-lo voltar no tempo, se não, por que uma simples conversa sobre o passado não faria?
Assisti Matadores de Velhinhas, na tv, foi engraçado, a fotografia é muito boa e o roteiro é... Coen, e se é dos Irmãos Coen, é bom.
Assisti O Fabuloso Destino de Amélie Pouláin, de Jean Pierre Jeunet, de 2001. Este filme é lindo, tem uma das (se não a) fotografias mais bem feitas que eu já vi.
Assisti Efeito Borboleta, de 2004, que tem um roteiro excelente! O filme é animal, mas eu achei o final meio caído. Acredito que o filme não deveria fazê-lo voltar no tempo, se não, por que uma simples conversa sobre o passado não faria?
Assisti Matadores de Velhinhas, na tv, foi engraçado, a fotografia é muito boa e o roteiro é... Coen, e se é dos Irmãos Coen, é bom.
06/06/2011
Google Art Project - Monalan
Este é um trabalho que tive que fazer para a faculdade. Todas as informações que tínhamos era: crie um anúncio e um comercial com o tema "mais cultura, mais visão". Escolhemos então dois anunciantes, o Masp e o Google Art Project, uma para cada "modalidade", respectivamente.
Ambos os trabalhos foram feitos a varias mãos. No anúncio eu participei da concepção e da arte final, e do comercial eu participei da concepção, do roteiro, da filmagem (meio que dirigindo e como câmera algumas cenas) e a montagem final fui eu quem fiz. Claro que nada teria acontecido sem o grupo, desde a idéia até a execução. Por coincidência, na hora que estávamos gravando no metrô encontramos com um freela da agência estado, e nosso trabalho virou notícia no R7 e também repercutiu no blog da faculdade.
*Meu arquivo do anúncio corrompeu, quando eu recuperá-lo posto aqui.
O Andar da Carruagem
Continuando na onde de títulos toscos e minha vida resumida, aqui vai mais uma saraivada de porra na cara de vocês, seus viados! É brincadeira gente, é que deu vontade de escrever isso, ouçam Oração, da "Banda Mais Bonita da Cidade" e esqueçam. Ouçam Beirut também, Clint Mansell, Los Hermanos, Pública, além de todos os outros que eu citei em outros posts.
Desde o último post tive uma mega-ultra-maratona de trabalhos para a faculdade e dei uma reduzida no ritmo. Mas ainda assim assisti:
Touro Indomável, de Martin Scorsese [1980], que é sensacional em todos os aspectos, mas um se supera.
Se um dia eu abrir uma galeria de arte, com certeza terei uma exposição que sará cada um dos quadros do filme. Contando que são 24 quadros por segundo, são 60 segundos por minuto e são 129 minutos, isso dá cento e oitenta e cinco mil setecentos e sessenta quadros. Dá para ver tudo em um dia, não?
Se um dia eu abrir uma galeria de arte, com certeza terei uma exposição que sará cada um dos quadros do filme. Contando que são 24 quadros por segundo, são 60 segundos por minuto e são 129 minutos, isso dá cento e oitenta e cinco mil setecentos e sessenta quadros. Dá para ver tudo em um dia, não?
Réquiem Para um Sonho, de Darren Aronofsky [2000]. Quem é esse cara? O que é isso? Que filmasso, que precursor melhor podia Cisne Negro ter, se não esse? Eu torço por ele, que ele se torne o melhor diretor de todos os tempos, que ele continue a fazer filmes como esses dois, que estão na minha lista de favoritos.
Guia do Mochileiro das Galáxias, de Garth Jennings [2005]. Que história, Douglas Adams foi genial! O filme não é grande coisa como um produto audiovisual, mas as sacadas de Adams, todos os conceitos, tudo. Vou ler todos os livros. Agora.
Além disso, fui ao teatro, para ver a primeira peça dramática da minha vida. Oau. 12 Homens e Uma Sentença, isso mesmo, igual ao filme do Sidney Lumet. E São duas obras incríveis. A quantidade de conflitos existentes, a inteligência do roteiro, e as atuações, que atuações! O texto, clássico, é de Reginald Rose e a direção é de Eduardo Tolentino.
Li algumas outras coisas também. Acabei pela segunda vez O Poderoso Chefão, que é meu livro favorito, é um dos melhores livros de todos os tempos, é tão bom quanto o filme, cada um em sua área, claro. Queria ser neto do Mario Puzo. Também li Técnicas para a Produção de Idéias, de James Webb Young e Raciocínio Criativo na Publicidade, de Stalimir Viera. Ótimos livros, também.
E este ano finalmente consegui jogar algum jogo desde a oitava série. E todos ótimos: Mafia - City of Lost Heaven (para PC) tem uma das melhores trilhas sonoras de todos os tempos. Foi lá que eu conheci o Django Reinhardt; Godfather II (para PS3) também é muito bom, mas é muito fácil, prefiro o primeiro, para PS2; e agora estou jogando Red Dead Redemption, que é do caralho, mesmo.
so long and thank you for all the fishes.
04/05/2011
O Lutador, de Darren Aronofsky [2008]

(clique para ampliar)
Este é o Randy "The Ram" Robinson do começo do filme. Um homem que se encontrava no topo de seu próprio mundo, inacessível em sua fortaleza, o ringue. Até que compreende que sua vida estava de cabeça para baixo, de que ele estava só e perdido, que não era o hércules que imaginava, nem nenhum outro Deus grego, que trabalhava muito para sustentar sua vida nos ringues amadores, uma ilusão que sustentava o nome de dias outrora gloriosos.
"O carneiro é o símbolo do masculino, viril e vital, é o primeiro signo do zodíaco, é fogo inicial, a pura energia criadora, de impulsos primários, de natureza poderosa e precipitada, tumultuosa e compulsiva, que vive cada momento de forma desenfreada, seguindo suas emoções mais fortes.
Semiótica
Meus caros, eu estava fazendo análises semióticas aqui e nem sabia... pois bem. Tive um trabalho recentemente na faculdade no qual eu deveria criar um cartaz analógico (ao contrário de digital, no sentido de mensagem) para o nosso querido Laranja Mecânica. O que queria meu professor? Um cartaz no qual fosse possível fazer uma leitura e que remetesse ao filme com o mínimo de signos do filme possível, isto é, quanto menos objetos/elementos do filme aparecerem, melhor. Fazer uma laranja com engrenagens estava completamente fora de cogitação. Acompanhe aqui a evolução dos meus cartazes:

Beethoven com os cílios de Alex. Representa algo virtuoso, clássico, com um signo de violência, que não se encaixa na imagem. Esta imagem que está e não está em alto contraste, está e não está meio que rascunhado. O homem não é nem branco nem preto, é cinzento, e nunca será apenas "uma idéia", mas ainda não é uma "obra completa".
A fonte do título varia entre o clássico e o pop, com formas bem arredondadas. Ela se repete nos próximos cartazes e corroboram as idéias descritas no parágrafo superior.
O segundo cartaz tem um conceito parecido com o do primeiro. Nele, o classicismo da música está constrastando com o vermelho-sangue da violência, e assim os cílios podem encaixar-se perfeitamente criando uma harmonia na imagem.

Para este cartaz eu iria utilizar um sangue escorrendo na folha e a clave de sol com os cílios estariam em branco, recortando o sangue. Achei que o background em vermelho representava a mesma coisa, só que com mais sangue, afinal, ele cobre a folha inteira, e é mais elegante. O que é fundamental num filme do Kubrick.
Creio que estes dois primeiros cartazes tiveram os conceitos mais fracos e são um tanto quanto digitais, pois possuem os signos do filme e não é necessário pensar muito para relacioná-los. Entretanto, de todos os que eu fiz, achei os mais bonitos. O primeiro por conta do excelente desenho que eu achei no deviantart de um usuário chamado unknownartist e o segundo, que foi inteiramente criado por mim, gostei pela simplicidade, e achei que ficou bem bonito.
O terceiro cartaz é uma variação do segundo, com mais informações, mas com mais signos, e este foi o motivo dele não ter sido o escolhido.

A clave de sol com os cílios tem o mesmo significado do segundo cartaz, contudo, ele está diluído num copo de leite, o que nos remete imediatamente à abertura do filme. O leite é um signo de pureza, e este misto de violência com música clássica mancham-no. Podem ser interpretadas como as drogas que Alex e seus drugies tomam com leite. Já que Laranja Mecânica começa com seus paradoxos pelo nome, esta imagem representa vários paradoxos contidos no filme. Drogas e pureza, rebeldia e inocência, classe e violência.
Então, criei o quarto cartaz numa madrugada. Era uma idéia que eu já havia tido, mas queria realizá-la em fotografia, mas alguns aspectos técnicos e logísticos me impediram de realizar meu desejo, então, driblei-os e utilizei um efeito que agora considero mais interessante, que é misturar desenho (que eu fiz pelo mouse no Illustrator) com imagens que eu achei na internet. Mudei a fonte também, pois ela precisaria entrar como elemento de interpretação, o que não estava acontecendo até então.

Este cartaz é espetacularizado, e quer deixar claro isso, que é apenas uma representação, por sua mistura de características, assim como o filme quer deixar claro que é só um filme, uma representação da vida. Segundo as palavras do próprio Alex "a vida parece bem mais colorida se vista pelo cinema".
Aqui, temos em primeiro plano um suporte daqueles usados em marionetes (estilo Poderoso Chefão) no chão, caído, com as cordas cortadas e sangue. Atrás dele vemos um homem sendo aplaudido por uma multidão, entretanto, suas mãos estão sujas de sangue. O que isso quer dizer?
No final do filme, ao realizar-se da hipocrisia do mundo, Alex entende que o único jeito de ser completamente livre como quer é aparentar para a sociedade ele continua "na linha", assim ele se imagina transando com a ninfa e os espectadores indiferentes, deixando-o usufruir de seu prazer à vontade. Então Alex destrói o controle que havia sobre ele, corda as cordas que o prendiam, mas continua passa a ser aplaudido, já que ele fizera um acordo com o primeiro-ministro. Ele finalmente "se curou". Alguns pedaços das cordas que o prendiam caem no chão e formam o título e o nome de Kubrick, já que o filme é justamente esse meio termo, é a jornada de Alex entendendo como o sistema funciona.
Em seguida tive que criar um texto comparando Dogville, de Lars Von Trier [2003] com Assassinos por Natureza, de Oliver Stone [1994] (e a história do Tarantino) em uma folha apenas. Este será copiado na íntegra:
O Poder da EscolhaObras grandes, que não se prendem ao seu veículo e respeitam a inteligência do espectador. Dogville, de Lars Von Trier, se utiliza de recursos do teatro e da literatura, enquanto Assassinos Por Natureza, de Oliver Stone, utiliza variados recursos televisivos. Ambos os filmes buscam o mesmo efeito: afastar-se da realidade para terem seus impactos aceitos pelo público, caso contrário este não enxergaria seu reflexo na tela grande.A sociedade é masoquista. É isso o que representa toda a sensacionalização midiática quanto à violência, um prazer em se ver sofrer. Grace pode não ter prazer, mas após o primeiro estupro ela se acostumou e passou a aceitar os abusos que recebia, e ao receber a oferta de verdadeiro prazer de Tom Edison, ela recusa, assim como a sociedade recusa ideologias e reformas dos filósofos, utópicas ou não, e estes aceitam a recusa.Grace observa os atos dos habitantes de Dogville como fruto de seu meio, como se lá não estivesse inserida, ela culpa as circunstâncias, se julgando a própria Graça Divina, que a todos entende e perdoa. Já Mickey e Mallory Knox compreendem o meio em que vivem, e argumentam não estar dando às suas vítimas mais do que merecem.Para o casal de Oliver Stone, a sociedade camufla seus atos, mata todos os seres da floresta e a própria floresta e chama isto de industrialização. Entretanto, eles não assumem uma posição de justiceiros da sociedade, apenas escolhem e aceitam ser o que são, eles "vivem o demônio", e quando o xamã, representante das instituições - religiosas ou políticas, tenta tirar isto deles, eles o matam e preservam o poder da escolha, arcando com as consequências.Quando Grace compreende que todos tiveram a escolha de fazer o que fizeram, ela aceita seu lado cão e segue seu instinto, vingando-se de todos que lhe fizeram mal, e do que nada fez e permaneceu apático, especialmente.Os filmes não deixam uma mensagem para o espectador se tornar mau e violento, apenas diz que todos têm um lado cão. Buscar um equilíbrio entre o Ying e o Yang é essencial. Segundo Freud “aceitar seu lado cão é humanizar-se”.
Quando sair a nota eu comento aqui, em breve surgirão mais cartazes. Gostei tanto da brincadeira que repetirei com outros filmes que eu gostar. Já posso adiantar que vem um aí d'O Lutador, do Aronofsky.
fade to black
02/05/2011
Resumo da Ópera
Bom, sumi de novo, mudei tudo por aqui de novo, vamos ver se agora emplaca nesse 2.5...
E muita coisa aconteceu, a faculdade tá da hora.
Desde o fim do ano passado, li Can't Buy Me Love, uma excelente biografia dos Beatles, apesar de achar a conclusão meio apressada; Admirável Mundo Novo (pela 2ª vez), de George Orwell, - não precisa dizer mais nada, né?; Continuo aos trancos e barrancos em O Senhor dos Anéis - As Duas Torres - eu leio umas 50 ou 100 páginas de uma vez e páro por meses; Redação Publicitária, um bom livro para quem está começando na área; De Moto pela América do Sul, de Ernesto "Che" Guevara; Os Piores Textos de Washington Olivetto, escrito pelo próprio - me sinto amigo dele agora; O Apanhador no Campo de Centeio, de JD Salinger - gostaria de ter lido uma vez mais novo e ler de novo agora, teria mais identificação, mas mesmo assim é excelente; e agora estou lendo um dos maiores romances de todos os tempos (pela 2ª vez, agora mais maduro): O Poderoso Chefão; Além de ter lido hoje uma HQ dos contos de Edgar Allan Poe: Histórias de Poe - O Escaravelho de Ouro | O Método do Dr. Alcatrão e do Professor Pena | A Queda da Casa de Usher; E ainda quero ler muitas coisas: mais Poe, mais Orwell, mais Olivetto, Dostoyévsky, Machado, Kafka, Exupery, Graciliano e um milhão de outras coisas....
Além disso, assisti outros filmes que não comentei aqui: Dogville, de Lars Von Trier; Ran, do Kurosawa; O Pequeno Nicolau, de Laurence Tirard; A Riviera não é Aqui, de Danny Boone; Letra&Música, de Marc Lawrence; Pure Country, de Christopher Cain; o Bravura Indômita original, de Henry Hathaway e outros filmes que já tinha assistido, como Scarface, a trilogia O Poderoso Chefão, Magical Mistery Tour, Pulp Fiction, O Lutador, Com 007 Viva e Deixe Morrer, Kill Bill e Amor à Queima-Roupa, e assisti toda a primeira temporada de Família Soprano.
Fui na virada cultural e ouvi jazz, reggae e o Beatles 4Ever!, não páro de ouvir Django Reinhardt, Quincy Jones, João Gilberto e Chico Buarque. Claro, sem nunca abandonar Bob Marley, Doors, Beatles e um pouco de sertanejo né, pra não perder a raiz. Dei uma mega-visitada no Parque do Ibirapura, visitando o Museu de Arte Moderna, a Oca e as obras nos arredores (como o teatro desenhado pelo Niemeyer) e o museu AfroBrasileiro. Claro que reservei um tempo para ficar de buenas na grama e outro para ficar observando todos os seres aquáticos do lago, com um destaque para os cisnes negros. Também visitei a exposição O Mundo Mágio de Escher, no CCBB, lá no centro de São Paulo, o que já vale a ida, o centro é uma brisa!
Fiz mais filminhos, que aqui serão postados em breve, e estou finalmente escrevendo um roteiro que sairá do lugar e virará um roteiro, não apenas uma idéia. Enfim, esse é o primeiro post que eu uso no blog como um diário virtual, mas vai para a categoria pensamentos. Nem coloquei tudo o que queria aqui pois não faz mais sentido. Mas não se preocupe, caro leitor imaginário, estará nos próximos posts.
fade to black
01/03/2011
A Vida de David Gale, de Alan Parker [2003]
"A única maneira de avaliarmos o valor de nossas vidas é valorizarmos a vida dos outros" David Gale
A vida de David Gale (Kevin Spacey) foi dedicada à combater a pena de morte, sendo seu maior esforço quando esta acabou: ser preso por um crime que jura ser inocente, abandonado pela esposa - que leva seu filho, abandonado por sua própria ONG e abraçado pelo álcool.
O filme se passa durante uma entrevista que Gale pede em sua última semana para Bitsey (Kate Winslet). Então, temos flash-backs que na verdade são a imaginação de Bitsey da estória do condenado. O roteiro é riquíssimo e possui várias tramas diferentes: a vida de Gale; a evolução de Bitsey ao fazer a entrevista; a investigação sobre o assassinato; a discussão da pena de morte; e o valor da vida.
Gale é um excelente professor de filosofia de Harvard que perde seu emprego após transar com uma recente ex-aluna que o acusa de estuprá-la. Mesmo após ter retirado a acusação, a vida de Gale se angustiante pois ele perde tudo que tinha, e tudo que lhe resta é o álcool e sua melhor amiga Constance (Laura Linney), a qual ele é sentenciado à morte por ter estuprado e matado. Justo um abolicionista da pena de morte.
Em um debate contra o governador do Texas sobre pena de morte, Gale o vence em todos os argumentos, utilizando-se de citações de Gandhi e Hitler, enquanto o governador, conservador e republicano, utiliza-se da religiosidade para defender sua posição. Entretanto, quando questionado sobre um único inocente que tenha sido executado, Gale fica sem palavras. "Quase-mártires não são úteis e só comprovam a eficácia do sistema". Assim, Gale se martiriza através do crime perfeito para derrubar o sistema penitenciário texano, que é brilhantemente executado por um roteiro primoroso.
Além da trama política, existe uma trama emocional complexa e muito sensível. A decadência de um homem o faz aceitar uma causa quase como um homem-bomba, incentivado também pela prevista morte de sua melhor amiga Constance. Ao invés de morrer de leucemia, ela se entrega à causa junto a David, assim suas mortes (a vida de Gale não valia mais a pena) teriam um valor. Como já dizia o poeta Sylvester Stallone em Rambo "Melhor morrer por algo do que viver por nada".
Algumas questões nesse sentido abordadas no filme são muito interessantes. Como age a mente de uma pessoa quando ela sabe quando vai morrer, ou seja, o que se passa, o que pensa, não é só conhecendo Kübler-Ross que se sabe de tudo (nem o filme te conta, tá?).
Bitsey começa a trama como uma repórter já consagrada, já presa uma vez por não denunciar suas fontes (motivo pelo qual foi escolhida por Gale, de outra maneira seu plano não funcionaria - caso entregassem a primeira fita à polícia) e de nariz empinado. Certa de Gale é culpado, ela muda seu ponto de vista ao entrevistá-lo. A trama fica cada vez mais rica com os twists: de Gale culpado, passamos a acreditar que ele fora preso por um ato de vingança, depois que ele havia sido utilizado como mártir e ainda depois de que ele havia se martirizado, limpando assim a consciência de Bitsey, por achar que falhara ao não conseguir salvá-lo.
O próprio Gale diz que ela não estava lá para salvá-lo, mas para salvar sua memória perante o filho, já que ele não era mais visto como uma pessoa, mas como um estuprador e assassino. Um dos momentos mais bonitos e sensíveis do filme é que a última refeição de Gale foi exatamente o que seu filho lhe pediu, no que parece, em seu último dia juntos como pai e filho, sem problemas judiciais ou matrimôniais.
Acima de um filme de suspense ou um filme abolicionista da pena de morte, é uma ode à vida. Vide a citação no começo do post e perceber que David Gale só fez o que fez por amor ao seu filho, por não poder mais vê-lo, pois com sua execução ele limparia seu nome de todas as acusações contra ele, afinal, uma simples acusação de estupro já basta.
Cross-fade
After-post: este filme me lembrou bastante O Silêncio dos Inocentes por conta dessa entrevista com o preso altamente carismático (deixando de lado as claras diferenças entre o Dr. Hannibal Lecter e David Gale) e como isso serve de mote para o desenvolvimento de uma personagem feminina. Outro filme que me lembrei foi o péssimo Código de Conduta, no qual o preso realiza vários atentados contra o sistema penitenciário mas morre no fim, confirmando a eficácia de tal.
fade to black
26/02/2011
Oscar 2011
E Chegou um dos momentos mais esperados do Ano: meus palpites sobre o Oscar 2011! E começarei fazendo uma classificação dos 10 filmes indicados ao prêmio máximo e comentareios:
Não vi: O Vencedor, Inverno da Alma e Minhas Mães e Meu Pai
4º - Bravura Indômita
Um ótimo filme de faroeste, mas que não pode ser considerado mais um filme genial dos Coen, é um ótimo filme dos Coen. Deve ganhar alguma categoria técnica.
3º - O Discurso do Rei
Excelente em vários aspectos, mas não me pegou tanto quanto os próximos, deve ganhar alguma categoria técnica e Melhor Ator (Colin Firth), mas Geoffrey Rush e Helena Bonham-Carter também correm por fora.
2º - A Rede Social, 127 Horas e A Origem
A Rede Social é, na minha visão, favorito à estatueta, retrato de uma geração, conta a gênese do mundo em que vivemos hoje, e de maneira muito competente, é o filme mais bem dirigido de David Fincher, que também é candidato forte.
127 Horas me surpreendeu e é excelente, com uma sequência de abertura digna de Danny Boyle, é tecnicamente perfeito. Sai da sala com meu braço direito pulsando, filmasso, tá forte ne disputa de Ator.
A Origem é extraordinário, deve ganhar efeitos visuais. A minha única reticência é quanto ao Limbo, acho que eles poderiam ter explorado mais uma parte subconsciente, de incongruências narrativas, comum em sonhos.
1º - Cisne Negro e Toy Story 3
São os melhores do ano e de muito tempo. O primeiro é um filmasso de arte e pesadíssimo psicologicamente, o outro é a melhor animação de todos os tempos, primeira a ser candidata fortíssima à Estatueta. Dois filmes lindos e clássicos modernos. Natelie Portman já ganhou Melhor Atriz e Toy Story 3 já ganhou Melhor Animação, mas são filmes mais indigestos para a Academia, vamos esperar pra ver e torcer.
22/02/2011
Get Back
Woke up, got out of bed / Dragged a comb across my head / Found my way downstairs and drank a cup / And looking up I noticed I was late // Found my coat and grabbed my hat / Made the bus in seconds flat / Found my way upstairs and had a smoke / and somebody spoke and I went into a dream
#01 - Magical Mystery Tour, d'os Beatles [1968]
"Roll Up! Roll up for the mystery tour!" Quem diz que aquela cena de "I Am The Walrus" em Across The Universe é psicodélica, é que nunca assistiu à isso. Psicodelia não são simples cores e efeitinhos, é sim o que este filme mostra. Sua total falta de coerência e outros requisitos básicos do cinema são elementos essenciais de sonhos, coisa que achei que faltou em A Origem (ao menos nas partes de sonho, numa interpretação básica do roteiro). Sensacional, este filme pode ser considerado por muitos Muito Ruim, mas se for, de tão ruim, ele deu a volta e ficou Excelente!
#02 - Let it Be, de Michael Lindsay-Hogg [1970]
Já não se pode dizer o mesmo do último filme dos Beatles, um triste quase-documentário do final da banda, que já não tem todo o entrosamento de antes. Um pouco melancólico, vale pela famosa cena deles tocando no telhado (eles foram lá especialmente para a gravação) (alguns diriam que também vale pela cena de John e Yoko dançando, mas como tem a Yoko, não vale a pena). Além disso, as versões que eles tocam das músicas são diferentes das dos dois Cd's (Let it Be [1970] e Let it Be...Naked [2003]), com destaque para "Two of Us".
#03 - The Doors, de Oliver Stone [1991]
É um filme do Doors, que se foca no mitológico Jim Morrison, e na parte do mito, nas loucuras e em suas brisas. Não gostei, e agora que só falta Platoon dos principais trabalhos do Oliver Stone, começo a desconfiar de seu talento. O filme per si é bom, nada mais. Não fala de nada além do Jim muito louco, e não adianta reclamar de material, que tinha de sobra para fazer um filme de 3 horas, quiçá dois. Pra mim, por enquanto, só Assassinos por Natureza dele que é espetacular (com a ajuda do Quentin também né...)
#04 - When You're A Strange, de Tom DiCillo [2009]
Já gostei um pouco, mas ainda insuficiente. Ele diz um pouco mais sobre a música e a relação da banda, mas deveria falar mais sobre a música e da poesia de Jim. Estão vendendo artistas como popstars (que foram, mais muito mais profundos no que faziam).
#05 - O Sexto Sentido, de M. Night Shyamalan [1999]
O Bruce Willis é realmente incrível, o que ele não tem de talento dramático ele tem de escolher papéis. Já Haley Joel Osment (o menininho) esbanjou talento dramático em tela, e gastou tudo. Com uma estória original e um excelente roteiro, Shyamalan acendeu a faísca de um novo grande diretor, mas o vento apagou também. Este filme é o dos que eram para ser e não foram e do que não era e foi. Imperdível, conhecidíssimo, só não acho o clássico que dizem por conta do final: a sacada é genial, mas ficou meio mastigadinho, sabe? Ia ser mais interessante se ficasse em aberto para especulações.
#06 - O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme [1991]
Espetáculo de atuações, roteiro, direção, tudo. Um filmaço! Foi a confirmação do talento da ex-atriz-mirim Jodie Foster e a consagração de Anthony "Hannibal" Hopkins.
#07 - Gênio Indomável, de Gus Van Sant [1997]
Um filme muito bom, mas que não me tocou tanto quanto aos outros, pelo que me parece.
#08 - Ratatouille, de Brad Bird [2007]
Este é um dos melhores filmes da Pixar, é espetacular em todos os sentidos. E em especial neste discurso do Rèmy, após seu pai lhe mostra a violência do mundo: "Não, não Pai, eu não acredito. Você está me dizendo que o futuro é, só pode ser, essa matança? - [Essa é a natureza, Filho. Você não pode mudá-la] - A natureza é a mudança, Pai. Nós podemos mudar, e começa quando você quiser". Estes (Pixar's) não são filmes só para crianças.
#09 - Ilha do Medo, de Martin Scorcese [2010]
Assisti no dia 1/1/11, feliz da vida por ter tomado um Engov! E que filmasso! Na minha opinião, deveria estar entre os 10 melhores de 2010. Neste filme me convenci do DiCaprio, nem imaginava o que estava me esperando...
#10 - Cidade de Deus, de Fernando Meirelles [2003]
A grande obra brasileira lá fora. Re-assisti e gostei até mais que da primeira vez. É um clássico tupiniquim. E apesar de toda a ação, faz uma boa análise sociológica do processo de favelização no Brasil.
#11 - A Origem, de Chris Nolan [2010]
Depois de assistir, aquele estalo: "Caralho! Que Filmasso!". Depois, analisando friamente, não é tão ~asso assim por um simples motivo: poderia ser mais. Alguns filmes não se tem o que acrescentar, mas este tinha. É ótimo, vai ficar marcado pois lançou um ótimo tema: os sonhos. Mas faltou mais sonho, mais incongruências - tudo bem, o filme ficaria sem sentido, mas pelo menos na parte do limbo, eles poderiam fazer um visual mais psicodélico, aquele cidade cinza lá é um sonho pra lá de infértil.
#12 - Taxi Driver, de Martin Scorcese [1976]
Meu Deus, que filme. Uma desconstrução psicológica de um personagem perturbado num ambiente mais perturbado ainda: as ruas criminosas de Manhattan, NY, a noite. Um ser alienado, que absove tudo que vê: violência e pornografia e fica cansado disso. Sua resposta é a única que ele conhece: a violência. Para alguns, o filme é muito "parado". Acontece que ele se passa através dos olhos de Travis Bickle (DeNiro, GENIAL), uma sombra na cidade, que não age até explodir, que não consegue conversar por não ter qualquer habilidade social e por se distrair facilmente. Seu receio com negros e vagabundos é simplesmente o que seu meio o ensinou, assim como sua violência. Genial em todos os aspectos, palmas para Scorcese, DeNiro, Jodie Foster, Harvey Keitel, Bernard Hermann, Paul Schrader....
#13 - Nascido Para Matar, de Stanley Kubrick [1987]
Obra-prima de Kubrick = redundância. Os filmes de Kubrick abordam a natureza humana, portanto são psicológicos, não vá esperando um filme de guerra, cheio de ação. Genial como sempre, Stanley disseca a vida militar durante a guerra do Vietnã. Desde o treinamento, seus absurdos, suas ridicularidades (hilário) e a transformação que aquilo causa com a mente de um sujeito. Na guerra, os generais continuam boçais; os soldados, perdidos, mal-organizados e morrendo. Um questionamento a guerra e a violência, principalmente, a boçalidade humana.
#14 - A Rede Social, de David Fincher [2010]
Excelente. Muitíssimo bem dirigido (melhor que A Origem, em assuntos de Oscar) e tecnicamente perfeito. Tocar "Baby You're a Rich Man" no final foi a cereja no bolo. Confirmou que 2010 foi um bom ano de filmes (estava achando horrível até então) e que David Fincher aprendeu a ser apreciado por todos, ainda sim, prefiro Clube da Luta e Seven.
#15 - Lolita, de Stanley Kubrick [1962]
De Kubrick não preciso mais falar, certo? Me lembrou muito Psicose, e achei melhor que tal em se tratando de uma análise a psicose. A natureza humana de novo retrata, desta vez pelo "amor": ciume, libido, psicose, loucura... Nos filmes de Kubrick todos os personagens conseguem ser escrotos, este não é uma exceção, mas Peter Sellers está demais! Principalmente na abertura, me imagino quem conseguia não rir durante as filmagens... deve ter sido dificíssimo! Pena não podermos assistir do jeito que Stanley queria, mas a falta do sexo tornou tudo mais implícito e ficou, de certo modo, bem mais atraente.
#16 - Stanley Kubrick: A Life in Pictures, de Jan Harlan [2001]
Um documentário básico sobre a vida de Kubrick. Vale a pena assistir, tem ótimas entrevistas de quem trabalhou com ele, e conta bem como foi sua vida e como ele era. Tem alguns spoilers dos filmes, então, cuidado.
#17 - Cisne Negro, de Darren Aronofsky [2010]
Perfeito. O Melhor filme de 2010 e com certeza um dos melhores da década que se acabou. Natalie Portman está em uma das melhores interpretações do cinema. Um filme sutil, nervoso, sexy, perfeito. A releitura moderna, visceral e crua do ballet clássico O Lago dos Cisnes é o próprio Cisne Negro. Merece um post gigantesco próprio, pois abre para alguma interpretações, além de ser um Filmasso, de arte, que merece ganhar todos os prêmios a que concorrer, mas não vai, pois é sempre assim. Para ler uma ótima análise psicológica clique aqui.
#18 - Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, de Michel Gondry [2004]
Foi o oposto do que aconteceu com A Origem. Primeiro pensei "só isso?", no dia seguinte "nossa! esse filme é muito bom!". É uma simples estória de românce, muito mais original que as enlatadas hollywoodianas. Os amantes não são lindos, bem-sucedidos e felizes; são mal-arrumados, perdidos por aí, soltos na vida. O fato deles apagarem uns os outros das memórias podem levantar debates de várias naturezas, desde a psicológica até a sociológica. E interessante ver que todos que apagaram suas memórias apaixonaram-se novamente pela mesma pessoa, e mesmo ouvindo tudo que ela disse que mais odeia nela, aceitarem o desafio de viverem juntos novamente, isso é amor.
#19 - Clube da Luta, de David Fincher [1999]
Síntese do homem moderno. Em breve com mais comentários, terei uma aula de filosofia sobre ele e passarei tudo a limpo aqui, hehe.
#20 - Brazil - O Filme, de Terry Gilliam [1985]
#21 - Bravura Indômita, de Joel & Ethan Coen [2010]
E a busca cessou. É achado o melhor filme de faroeste desde Os Imperdoáveis. Um filme excelente, com uma estória diferente do comum (agora sou obrigado a ver o filme original) e tecnicamente perfeito. Creio que deve ser melhor que o original por não ter todo aquele lance patriótico americano, mas ainda assim não é o melhor filme dos Irmãos Coen.
#22 - Estômago, de Marcos Jorge [2007]
Um excelente filme brasileiro que poucos conhecem. Trabalhando com a percepção do espectador, utiliza a comida somente como pano de fundo ("Coxinha boa pra caralho!") para uma estória muitíssimo mais interessante e original, que ainda é beneficiada pelas excelentes montagem e trilha sonora, além da atuação do nosso protagonista Raimundo Nonato (João Miguel). Supreendente, mostra que nem tudo é como parece, além de denunciar (ainda que de forma indireta) um sistema carcerário corrupto e ineficaz.
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