Dr. Parnassus (Chritopher Plummer) é uma espécie de circense, daqueles freaks itinerantes que ficam por aí. E seu espetáculo promete levar a pessoa à um lugar que ele jamais foi, dentro da própria imaginação, tudo que precisa fazer é atravessar "o" espelho.
MAS! Antes o nosso Doutor fez uma aposta com Nick (Tom Waits), o capeta em pessoa, venceu e obteve a imortalidade, que é na verdade uma terrível maldição. Quando já estava secular, velho e barbudo, mendigando pelas ruas, é que ele se apaixona por uma linda jovem. Sendo assim, o velhaco faz um acordo com o Diabo e rejuvenesce dando em troca todas filhas que tiver, ao completarem 16 anos. E o inimaginável (para Parnassus) acontece, eis que Parnassus teve uma filha, e chega a semana do "cumprimento do acordo". Para salvá-la, ele faz outra aposta com Nick (é, o jogo vicia!).
Eis que surge Tony (Heath Ledger, no mundo real; Johnny Depp na 1ª visita ao imaginário de Parnassus; Jude Law na 2ª e Colin Farrel na 3ª), pendurado pelo pescoço em uma ponte. Ao vê-lo balançando, Valentine (Lily Cole), a filha de Parnassus, puxa-o para cima e descobre que ele está vivo, e sem lembrar de nada. Achando que deve sua vida à trupe, Tony se junta a eles e ajudará o Doc. (assim que ele o chama) em sua aposta. O que só causará inveja em Anton (Adrew Garfield), o primeiramente amado de Valentine.
A morte de Ledger foi um fato contornado na melhor maneira possível por Gilliam. Justamente ele, considerado azarado, teve sorte no fato das cenas não gravadas pelo eterno Coringa terem sido as no mundo do Dr. Parnassus (claro que também existe um planejamento aí). O lugar onde era possível ser e viver qualquer coisa, por isso ele tinha corpos diferentes.
Fora alguns aspectos de roteiro, a história tem umas partes mal-explicadas (não que precise ser mastigado, mas meio que sem sentido para o que está acontecendo) e o rumo que a história tomou depois (por falta de motivos), o filme é ótimo. Os efeitos são muito bons e te fazem querer entrar naquela maluquice que é o mundo imaginário do Dr. Parnassus.
A fotografia é muito boa, assim como Ledger, Depp e Law. Farrel não me agradou tanto, mas talvez por ter sido o Tony mais diferente. O filme tem também uma divertidíssima surpresa: Verne Troyer como o fiel escudeiro de Parnassus. Quem é, você deve se perguntar. Eu te respondo caro leitor. Ele é nada mais (menos impossível) que o Mini Me, de Austin Powers!
Uma das coisas que este filme me fez perceber foi esse meu gosto pelo surreal. Os filmes do Quentin Tarantino são um tanto quanto surreais, ficções-científicas nem se fala, e eu adorei Romeu + Julieta, de Baz Luhrmann (o com o Leonardo diCaprio), e claro, os filmes do Tim Burton.
O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus é um ótimo filme surreal, mesmo com seus altos e baixos, ele não deixa nada a desejar e é uma bela (e infeliz) homenagem a Heath Ledger, como o filme se encerra: From Ledger & Friends (De Ledger e Amigos)
fade to black
Um comentário:
aaahn, que liindo o fiinal. Fiquei com muita vontade de veer!
Parabéns, o blog tá espetacular.
Postar um comentário